40 research outputs found

    Serviço Social Profissão com Risco

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    A intranquilidade sentida ao nível do contexto de trabalho ou do bem-estar emocional dos assistentes sociais traduz o facto destes profissionais se terem tornado no rosto mais próximo das políticas de controlo das desigualdades e da exclusão, resultantes de todo um conjunto de factores que leva ao aumento da insegurança nos quotidianos de vida da população socialmente mais vulnerável. Com este estudo, de natureza exploratória, pretendeu demonstrar-se que o crescimento das incertezas e da violência, que singularizam a sociedade do risco, está a produzir alterações na relação do assistente social com o seu exercício profissional. A relação circular que tradicionalmente suportava o relacionamento instituído entre o indivíduo, instituição e assistente social deu origem à sua triangulação, assumindo o profissional, uma função quer de mediador, quer de gestor de interesses. Esta mesma transformação na qualidade da relação criada entre o assistente social e o utente, gera um exercício profissional praticado em tensão face ao medo controlado, ou não, das reacções menos esperadas de quem manifesta descontentamento em relação às medidas apresentadas pelos assistentes sociais, por via das instituições onde trabalham. Tendo o Serviço Social, desde o seu passado histórico, desenvolvido uma relação de trabalho muito próxima com grupos de risco e/ou perigo, nunca foi considerada uma profissão de risco. Contudo, face aos níveis de insegurança que actualmente cromatizam o habitat do exercício profissional dos assistentes sociais, a sua actividade profissional começa a manifestar sintomas de transformação numa profissão com riscos

    Diferenças de Sexo nos Hábitos/Comportamentos Alimentares e Sintomas de Perturbações do Comportamento Alimentar, numa Amostra de Adolescentes

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    Introdução: A adolescência é um dos períodos mais desafiadores no desenvolvimento humano. As alterações que ocorrem a diferentes níveis (e.g. físicas) geram repentinas mudanças na perceção do eu, incluindo na perceção da imagem corporal, além de criarem necessidades nutricionais especiais. A literatura reconhece que existem diferenças importantes na prevalência, sintomatologia específica de perturbação do comportamento alimentar (PCA) e hábitos/comportamentos alimentares por sexo, mas ainda poucos estudos em Portugal, abordaram esta temática. Assim, são nossos objetivos, considerando separadamente os rapazes e raparigas de uma amostra de adolescente: 1) verificar a prevalência de diferentes hábitos/comportamentos alimentares; 2) apurar a prevalência de sintomas específicos de perturbação do comportamento alimentar (PCA), avaliados através dos itens de um questionário que avalia atitudes alimentares, associadas às PCA, o Teste de Atitudes Alimentares (TAA-25); 3) verificar a prevalência de jovens que apresenta pontuação superior/igual a 19 no TAA-25, indicadora de eventual PCA e 4) averiguar a prevalência das diferentes categorias de índice de massa corporal (IMC) (magreza, peso normal, excesso de peso e obesidade). Pretendemos, também, explorar associações entre a variável sexo e diversas variáveis: 1) o IMC categorizado; 2) as dimensões do TAA-25 e o IMC (enquanto variável contínua); 3) a pontuação do TAA-25 dicotomizada pelo ponto de corte de 19; 4) itens relativos aos hábitos/comportamentos alimentares e 5) itens individuais do TAA-25. A título exploratório, pretendemos, ainda, verificar eventuais associações entre diferentes sociodemográficas e os itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares. Métodos: A nossa amostra é constituída por 308 adolescentes (M = 14,5 anos DP = 1,67; raparigas, n = 184, 59,7%). Todos preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico e pelo Teste de Atitude Alimentares-25/Eating Attitudes Test-25. Resultados: Não se encontraram associações estatisticamente significativas entre a variável sexo e as variáveis IMC categorizado, dimensões do TAA-25, IMC, TAA-25 (categorizado pelo ponto de corte de 19) e os itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares. Porém, alguns itens particulares do TAA-25 revelaram uma associação significativa com o sexo. Relativamente TAA-25 dicotomizado segundo o ponto de corte 19 verificou-se que em ambos os sexos, a grande maioria dos jovens apresenta uma pontuação abaixo desse ponto de corte. Quanto aos itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares e as variáveis sociodemográficas e familiares, a frequência com que os jovens bebem refrigerantes e ingerem vegetais mostraram-se estatisticamente associadas à escolaridade do pai. Igualmente, a frequência com que ingerem vegetais e com que ingerem fast food também se mostraram estatisticamente associadas à zona da escola que frequentam. Discussão: No geral, na nossa amostra, os hábitos/comportamentos alimentares dos adolescentes não são tão negativos como os relatados por alguma literatura (e.g. percentagem elevada de jovens que “salta” o pequeno almoço). Igualmente, não parecem existir diferenças significativas de sexo quanto às atitudes alimentares, eventual PCA, IMC e hábitos/comportamentos alimentares. No entanto, existem diferenças de sexo em alguma da sintomatologia específica avaliada pelo TAA-25. É bom verificar que ambos os sexos revelam uma prevalência baixa de eventual PCA, embora as raparigas revelam um valor superior. Algumas variáveis sociodemográficas revelam associações com os hábitos/comportamentos alimentares. As implicações dos resultados encontrados são discutidas pela autora

    Papel do Autocriticismo e da Autocompaixão na Ocorrência de Insónia em Estudantes Universitários

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    Até ao momento, nenhum estudo se dedicou a explorar construtos como o autocriticismo, a autocompaixão e a insónia. Este estudo tem como objetivos estudar estas associações em estudantes universitários, assim como analisar as diferenças destas associações em dois momentos – janeiro (em plena época de exames) e março (época sem exames) –, que nos permitirá perceber se o stresse e a pressão da época de exames têm impacto no sono dos estudantes. Pretendemos, também, verificar se existem associações significativas com algumas variáveis sociodemográficas (idade, sexo). Em virtude das associações encontradas, pretendemos realizar análises preditivas, controlando a influência de sintomas de depressão, ansiedade e stresse. A amostra ficou constituída por 268 estudantes universitários, dos quais 160 participaram no primeiro momento da investigação e 108 participaram no segundo momento com idades compreendidas entre os 19 e 54 anos (M = 26,45, DP = 7,982; M = 26,34, DP = 0,427). Os participantes preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico, a Escala de Autocriticismo e Autotranquilização (FSCRS), a Escala da Autocompaixão (SELFCS), a Escala de Ativação Pré-Sono (PSAS), o Questionário de Avaliação do Sono (QAS) e as Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress (DASS-21). Os resultados obtidos demonstraram que, tanto no primeiro como no segundo momento do estudo, foram os estudantes mais velhos (30 - 54 anos) que tendiam a ser mais compassivos e tolerantes consigo próprios, tal como menos autocríticos e punitivos perante situações difíceis e fracassadas. No primeiro momento, em época de exames, os estudantes mais jovens (19-29 anos) foram quem mais manifestou níveis elevados de autocriticismo e ativação cognitiva e somática antes de adormecer, bem como foram quem, em maior proporção, pertenceu aos grupos de insones e sintomas de insónia, comparativamente com os mais velhos. Verificaram-se, ainda, correlações significativas entre a ativação cognitiva e somática e a depressão, ansiedade e stresse. Pode-se concluir, neste estudo, que em plena época de exames, os estudantes mais novos são mais autocríticos e menos autocompassivos o que poderá gerar uma maior ativação cognitiva e somática antes de adormecer e, consequentemente, sintomas de insónia e em insónia propriamente dita. / At the moment, no study is dedicated to explore constructs such as self-criticism, self-compassion and insomnia. This study aims to study these associations on university students, as well as analyze the differences of these associations on two moments - January (examination period) and March (without examination period) - that will allow us to understand if stress and the pressure of the examination period have an impact on sleep of students. We also wanted to see if there are significant associations with some sociodemographic variables (age, gender). With these associations, we will perform predictive analysis, controlling for the influence of symptoms of depression, anxiety and stress. The sample was composed of 268 university students, 160 participated in the first moment of the research, and 108 participated in the second moment, aged between 19 and 54 years (M = 26,45, SD = 7,982; M = 26,34, SD = 0,427). Participants filled a protocol composed of a sociodemographic questionnaire, The Self-Criticism and Self-Reassurance Scale (FSCRS), Self-Compassion Scale (SELFCS), Pre-Activation Sleep Scale (PSAS), Sleep Evaluation Questionnaire (SAQ) and Anxiety, Depression and Stress Scales (DASS-21). The results showed that both in the first and second moment of the study are older students (30-54 years) who tend to be more compassionate and tolerant with themselves, such as less self-critical and punitive before difficult and failed situations. At first moment, in examination period, younger students (19-29 years) showed more high levels of self-criticism and cognitive and somatic activation before falling asleep, and they also were those who, in a great proportion, belonged insomnia and insomnia symptoms groups, compared with the older ones. There were also significant correlations between cognitive and somatic activation and the depression, anxiety and stress. So we can concluded from this study that in examination period, the youngest students are more-critical and less compassionate, what might lead to greater cognitive and somatic activation before sleep, and consequently to insomnia symptoms and insomnia itself

    Inteligência Espiritual, Bem-estar Psicológico, Sintomas Depressivos e Ansiosos, Saúde Mental e Física em Idosos em Lar e Centro de Dia

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    Introdução: Em Portugal e internacionalmente é limitado o número de estudos sobre inteligência espiritual (IE) e sobre a sua associação com vários correlatos psicológicos em idosos. A IE pode ter um papel relevante na forma como estes enfrentam os desafios associados ao envelhecimento. Assim, foram nossos objetivos analisar os níveis de IE, bem-estar psicológico, sintomas depressivos e ansiosos, saúde mental e física em idosos que frequentam instituições em Lar ou Centro de Dia e explorar as associações existentes entre todas estas variáveis (e com algumas variáveis sociodemográficas) na mesma amostra. Métodos: 65 idosos (M = 83,46; DP = 6,65; sexo feminino, n = 46; 70,8%) preencheram voluntariamente a Escala de Inteligência Espiritual Integrada, o Questionário de Avaliação Funcional Multidimensional de Idosos (avalia saúde física e mental), a Escala de Ânimo (avalia bem-estar psicológico), a Escala de Depressão Geriátrica e o Inventário de Ansiedade Geriátrica. Resultados: 80% e 84% dos idosos percecionou a sua saúde física e mental, respetivamente, como insatisfatória; 56,9% e 64,6% apresentaram, respetivamente, eventual depressão e eventual ansiedade. A Consciência (IE) associou-se positivamente com as Atitudes face ao envelhecimento (bem-estar psicológico) e negativamente com a pontuação total de sintomas depressivos. O Significado (IE) associou-se positivamente com as Atitudes face ao envelhecimento e pontuação total de bem-estar psicológico; e negativamente com a pontuação total de sintomas depressivos e ansiosos, com a pontuação total e com a dimensão Solidão/Insatisfação do bem-estar psicológico. A pontuação total de IE correlacionou-se positivamente com as Atitudes face ao envelhecimento e negativamente com a pontuação total de sintomas depressivos. Idosos a residir em Lar apresentaram valores inferiores de Graça e superiores de Significado (IE), sintomas depressivos e ansiosos. Conclusão: Mostrou-se preocupante a prevalência de saúde física e mental insatisfatórias e de eventual depressão e ansiedade. Níveis maiores de IE (e de algumas das suas dimensões) associaram-se a níveis menores de sintomas depressivos e ansiosos e maiores de bem-estar psicológico. Tal parece revelar a importância de promover junto de idosos institucionalizados a IE. / Introduction: In Portugal, as internationally, the number of studies about spiritual intelligence (SI) and its association with several psychological correlates is limited in the elderies. Spiritual intelligence can have a relevant role in the way the elderlies face the challenges associated with aging. Therefore, our purposes were to explore the levels of spiritual intelligence, psychological well-being, depressive and anxious symptoms, and mental and physical health in a sample of elderlies attending a nursing home or a social center; and to explore associations between all these variables in the sample (as well as with some sociodemographic variables). Methods: 65 senior citizens (M = 83,46; SD = 6,65; female, n = 46; 70,8%) voluntarily filled in the Integrated Spiritual Intelligence Scale, the Older Americans Resources and Services (evaluates physical and mental health), the Philadelphia Geriatric Center Morale Scale (evaluates the psychological well-being), the Geriatric Depression Scale and the Geriatric Anxiety Inventory. Results: 80% and 84% of the aged citizens perceived their physical and mental health, respectively, as unsatisfactory; 56,9% and 64,6% had, respectively, a possible depression and anxiety. Conscience (SI) was positively associated with Attitudes towards aging (psychological well-being) and negatively with the total score of depressive symptoms. Meaning (SI) was positively associated with Attitudes towards aging and the total score of psychological well-being; and negatively correlated with the total score of depressive and anxious symptoms, the total score and the dimension Solitude/Dissatisfaction of psychological well-being. The total score of SI was positively correlated with Attitudes towards aging and negatively with the total score of depressive symptoms. The elderlies living in nursing homes showed lower values of Grace and higher values of Meaning (SI), depressive and anxious symptoms. Conclusion: It’s concerning the prevalence of unsatisfactory physical and mental health and eventual depression and anxiety. Higher levels of SI (and of some of its dimensions) were associated with less depressive and anxious symptoms and higher psychological well-being. The results seem to reveal the importance of promoting SI in the institutionalized elderly

    Insónia em Idosos sob Resposta Social e seus Correlatos

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    Objetivo: Em Portugal poucos estudos abordam o sono e, em particular, a insónia em idosos, embora este processo tenha sofrido alterações marcantes com o envelhecimento e este seja um tema muito importante. São nossos objetivos: avaliar numa amostra de idosos sob resposta social, a prevalência dos diferentes sintomas de insónia e de insónia (sintomas e prejuízo diurno); analisar a associação entre grupos de sono (insones vs. good sleepers + sintomas de insónia) e diferentes correlatos (e.g., prática de exercício físico, sintomas depressivos, défice cognitivo, ativação pré-sono, sestas, dores, entre outros). Método: 120 idosos (M = 77,7 anos; DP = 7,44) responderam a um questionário sociodemográfico, sobre saúde, sono e funcionalidade, ao Mini Mental State Examination e à Geriatric Depression Scale. Resultados: Verificou-se uma prevalência de 73,3% de insónia inicial, 75,8% de insónia intermédia e 73,3% de insónia terminal. Em 65% dos idosos as dificuldades em dormir afetavam a vida social/ocupacional e em 69,2% tinham impacto emocional; 62,5% referiu que aquelas dificuldades ocorriam mesmo tendo as condições adequadas para dormir. A maioria dos idosos sofria de insónia (55,0%) vs. 45% apenas apresentava sintomas de insónia (sem prejuízo diurno associado aos sintomas) ou era good sleeper (sem sintomas de insónia ou prejuízo associado). Uma percentagem elevada de idosos apresentou um problema de saúde (95,8%) e uma percentagem considerável apresentou défice cognitivo (57,5%). A maioria manifestou depressão ligeira (38,3%) ou moderada (38,3%). Os insones apresentaram um nível mais elevado de sintomas depressivos e um resultado mais baixo em termos de desempenho cognitivo vs. good sleepers + sintomas de insónia. Encontraram-se associações entre os grupos de sono (insones vs. good sleepers + sintomas de insónia) e as variáveis “problema de saúde”, toma de medicamentos para dormir, agitação no corpo, aperto/tensão nos músculos, coração acelerado, prática de exercício físico, dores, pontuação total no GDS e no MMSE. Foram preditores do grupo de sono a que o idoso pertencia a sensação de agitação no corpo, a prática de atividade física, as dores e a pontuação no GDS. Conclusão: Numa amostra de idosos institucionalizados encontraram-se valores preocupantes de sintomas de insónia e de insónia, ainda que na maioria dos casos estes acontecessem em comorbilidade com problemas de saúde, como mostra a literatura. / Objective: Few studies in Portugal address sleep (and in particular insomnia) in elderly people, although sleep suffers significant modification with the ageing process and this is a very important topic. We aim to evaluate, in a sample of elderly people under social response: the prevalence of different insomnia symptoms and of insomnia (symptoms and daytime impairment); analyse the association between sleep groups (Insomniacs vs. Good Sleepers + Insomnia Symptoms) and different correlates (for instance, physical exercise practice; depressive symptoms; cognitive deficit; pre-sleep arousal; naps; pain; among others). Method: 120 elderly (M = 77,7 years; SD = 7,44) answered a sociodemographic questionnaire on health, sleep and functioning, the Mini Mental State Examination and the Geriatric Depression Scale. Results: A prevalence of 73,3% of initial insomnia, 75,8% of middle insomnia and 73,3% of terminal insomnia was observed. 65% of the elderly presenting sleeping difficulties had their social/working life affected and 69,2% referred emotional impact; 62,5% reported that those difficulties occurred even having adequate sleeping conditions. Most elderly suffered from insomnia (55,0%) vs. 45% who only presented insomnia symptoms (no daytime impairment associated to the symptoms) or was a good sleeper (no insomnia symptoms or associated impairment). A high percentage of elderly presented a health problem (95,8%) and a significant percentage presented cognitive deficit (57,5%). Most participants revealed light (38,3%) or moderate depression (38,3%). Insomniacs exhibited a higher level of depressive symptoms and a lower result in terms of cognitive performance vs. good sleepers + insomnia Symptoms. Associations were found between sleep groups (insomniacs vs. good sleepers + insomnia symptoms) and the variables “health problem”, sleep medication, psychomotor agitation (restlessness), muscle tightness/tension, accelerated heart beat, physical exercise practice, pain, GDS total score and MMSE total score. Physical agitation, physical exercise practice, pain and GDS score were predictors of the sleep group (the elderly belonged to). Conclusion: In a sample of institutionalized elderly worrying values of insomnia symptoms and insomnia were observed, although the majority of these cases occurred in comorbidity with health problems, as seen in the literature

    Sintomas depressivos e ansiosos, stresse, coping e resiliência em Técnicos Superiores de Reinserção Social

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    Introdução: Os trabalhos sobre correlatos psicológicos em Técnicos Superiores de Reinserção Social (TSRS) no nosso país são inexistentes. São nossos objetivos analisar os níveis de sintomas depressivos e ansiosos, stresse, coping e resiliência numa amostra de TSRS; explorar diferenças nestas variáveis por sexo, estado civil, Delegação regional e tipo de competências das equipas de reinserção social; explorar associações entre todas as variáveis referidas nesta amostra (entre si e com a variável sociodemográfica idade e as variáveis profissionais tempo de serviço e horas de trabalho semanal). Metodologia: 89 TSRS (sexo feminino, n = 67; 75,3%), com idades entre os 27 e os 61 anos (M = 47,4; DP = 7,10) preencheram um protocolo composto por questões sociodemográficas e profissionais, a Depression, Anxiety and Stress Scale, o Brief COPE e a Escala para avaliar as competências na área da Resiliência. Resultados: As mulheres apresentaram níveis maiores de Suporte Emocional e Instrumental comparativamente aos homens. Os profissionais da Delegação do Centro apresentaram pontuação mais elevada de Resiliência vs. da Delegação do Norte e os da Delegação do Norte maiores níveis de Stresse vs. os da Delegação do Sul e Ilhas. Os profissionais com competência mista apresentaram maiores níveis de Ansiedade vs. com competência específica. Encontrámos associações significativas (na amostra total) entre a Depressão e a Negação e o Uso de Substâncias. No sexo masculino o uso de Suporte Emocional e Instrumental associaram-se à Depressão e à Ansiedade. De uma forma geral, em todas as Delegações (consideradas separadamente), maiores níveis de Resiliência associaram-se a estratégias mais positivas de coping (e.g. Coping ativo) e maiores níveis de Depressão, Ansiedade e Stresse a níveis menores de estratégias positivas de coping (e.g. Aceitação) e a níveis maiores de estratégias negativas de coping (e.g. Uso de substâncias). Os técnicos quer de equipas com competência mista quer de equipas com competência específica, com níveis maiores de Ansiedade, apresentaram níveis maiores de estratégias de coping negativas (e.g. Negação). Discussão: Este estudo revelou existirem algumas diferenças por sexo nos TSRS e apresentou dados importantes sobre os construtos psicológicos dos TSRS de diferentes Delegações e de equipas com diferentes competências, apontando possíveis aspetos a considerar num trabalho de intervenção com estes profissionais. Tal como esperado, no geral, maiores níveis de resiliência associaram-se, como noutros profissionais, a estratégias mais positivas de coping e maiores níveis de sintomas a estratégias mais negativas de coping. / Introduction: Studies on psychological correlates on Probation Officers (TSRS) in our country are nonexistent. Our purposes are to analyze the levels of depressive and anxiety symptoms, stress, coping and resilience in a sample of TSRS; to explore differences in these variables by gender, marital status, Regional Delegation and type of responsibility of local organic units; to explore associations between all variables mentioned in this sample (among themselves and with the sociodemographic variable age and the professional variables years of service and weekly hours of work"). Methodology: 89 TSRS (females, n = 67, 75.3 %), aged between 27 and 61 years (M = 47.4, SD = 7.10) completed a protocol consisting of sociodemographic and professional questions, the Depression, Anxiety and Stress Scale, the Brief COPE Scale and the Scale to assess resilience skills. Results: Women had higher levels on Use of Instrumental and Emotional Social Support compared to men. The professionals of the Delegation of the Centre had higher scores on Resilience vs. professionals of the Delegation of the North and the North Delegation had higher levels of Stress vs. the Delegation of the South and Islands. The professionals with mixed competence had higher levels of Anxiety vs. those with specific competence. We found significant associations (in the total sample) between Depression, Denial and Substances Use. In males, the use of Emotional Social Support and Instrumental Support was associated with Depression and Anxiety. Overall, in all Delegations (considered separately), higher levels of Resilience were associated with more positive coping strategies (e.g., Active Coping) and higher levels of Depression, Anxiety and Stress with lower levels of positive coping strategies ( e.g. Acceptance) and higher levels of negative coping strategies (e.g. Substances Use). TSRS with higher levels of Anxiety, either in teams of mixed and specific competence, had higher levels of negative coping strategies (e.g. Denial). Discussion: This study revealed that there were some gender differences in TSRS and provided important data on the psychological constructs of TSRS of different Delegations and different types of organic units, pointing to possible issues to be addressed in an intervention work with these professionals. As expected, in general, higher levels of Resilience were associated, as in other professionals, with more positive coping strategies and higher levels of symptoms with more negative coping strategies

    Diferenças no Funcionamento Emocional, Comportamental e Social (Roberts Apperception Test for Children) e na Autoestima (Rosenberg Self Esteem Scale) entre Jovens Institucionalizados e Não Institucionalizados

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    Objetivos: A institucionalização é, habitualmente, um momento gerador de sentimentos negativos, tais como a perda e o abandono, fragilizando os jovens envolvidos neste processo e, eventualmente, condicionando o seu funcionamento emocional, comportamental e social. O nosso estudo tem como objetivos: 1) verificar a existência de diferenças entre uma amostra de jovens institucionalizados e uma amostra de jovens não institucionalizados nas dimensões de um instrumento que avalia o funcionamento social, comportamental e emocional (Roberts Apperception Test for Children/RATC) e na autoestima (Rosenberg Self Esteem Scale/RSES); 2) explorar se existem diferenças entre as duas amostras ao nível de diferentes variáveis sociodemográficas, familiares e clínicas (e.g. história de sintomas depressivos em toda a vida e atual). Método: A amostra é composta por 60 jovens, 30 não institucionalizados (subamostra de controlo) e 30 institucionalizados (entre os 10 e os 15 anos de idade). A amostra de controlo respondeu a um questionário sociodemográfico e à Rosenberg Self Esteem Scale (RSES). Os jovens institucionalizados responderam a esta escala e a algumas perguntas do questionário sociodemográfico, tendo outras sido completadas com base nos processos da instituição. O autor administrou, junto das duas subamostras, o Roberts Apperception Test for Children (RATC). Resultados: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as duas amostras, no que diz respeito à RSES. Quanto ao RATC, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no que diz respeito apenas a quatro dimensões: Suporte aos outros, Identificação de problemas, Resolução 2 e Problema não resolvido. Verificaram-se associações significativas entre a pertença a uma ou outra subamostra e algumas variáveis sociodemográficas e clínicas, por exemplo, a escolaridade do pai e da mãe e a vivência de sintomatologia depressiva em toda a vida. Conclusões: No geral, o funcionamento emocional, social e comportamental, assim como a autoestima de jovens institucionalizados parece não se diferenciar grandemente dos de jovens não institucionalizados. Ainda assim, os jovens institucionalizados parecem apresentar resultados menos adaptativos em algumas dimensões, por comparação com os jovens institucionalizados

    Mindfulness, stresse, psicopatologia e estratégias para a gestão de conflitos em cuidadores de pessoas com incapacidade inteletual

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    Trabalhar com pessoas com incapacidade intelectual é exigente, envolvendo um contacto pessoal e emocional contínuo e intenso, podendo levar o cuidador formal a desenvolver stresse e psicopatologia e dificultar a sua capacidade de gestão de conflitos. Pretendemos explorar os níveis da capacidade de estar mindful (mindfulness), stresse, psicopatologia e de estratégias de gestão de conflitos, em cuidadores de pessoas com incapacidade intelectual; analisar as associações entre estas variáveis (e com algumas variáveis sociodemográficas), em particular, entre o mindfulness e as outras variáveis. Métodos: 50 cuidadores formais de pessoas com incapacidade intelectual (sexo feminino, n = 40; 80%; M = 42,06 anos; DP = 10,43) preencheram um questionário sociodemográfico, o Questionário das Cinco Facetas de Mindfulness (FFMQ), o Inventário de Sintomas Psicopatológicos (BSI), a Escala de Stresse (PSS-10) e a Escala de estratégias para a gestão de conflitos (EGC). Resultados: O total de stresse (PSS-10) não se associou às estratégias de gestão de conflitos. A faceta não julgar (FFMQ) associou-se negativamente à acomodação e evitamento (EGC); a faceta observar (FFMQ) associou-se positivamente à competição e evitamento (EGC); as facetas descrever e não reagir (FFMQ) associaram-se positivamente à colaboração e compromisso (a faceta não reagir também se associou à acomodação/EGC). O total de stresse e a faceta observar (FFMQ) associaram-se positivamente aos três totais de psicopatologia (BSI). As facetas não julgar e agir com consciência (FFMQ) associaram-se (negativamente) e a acomodação e evitamento (EGC) (positivamente) aos três totais do BSI. O total de stresse correlacionou-se negativamente com as facetas não julgar, agir com consciência e descrever (FFMQ). As mulheres apresentaram uma pontuação maior no índice de sintomas positivos (BSI). Os cuidadores com níveis maiores de escolaridade apresentaram níveis maiores de colaboração e os com menor escolaridade níveis menores de compromisso e acomodação. Discussão: Algumas das facetas de mindfulness associaram-se a menores níveis de stresse e psicopatologia. No geral, revelaram facilitar a colaboração e o compromisso e diminuir o evitamento. A capacidade de estar mindful pareceu associar-se ao uso de estratégias de gestão de conflitos mais “adequadas” nesta equipa, apontando para a importância do desenvolvimento desta capacidade, no mesmo tipo de contexto laboral. / Introduction: Introduction: working with intellectual disabled people is very demanding. It involves a continuous and intensive personal and emotional contact which may cause the formal caregivers to develop stress, psychopathologies and may also hamper his ability to manage conflicts. We propose to explore the levels of ability to be mindful (mindfulness), stress, psychopathology and strategies for conflict management in caretakers of people with intellectual disability; investigate the commonality between these variables (and with some socio-demographic variables), particularly between mindfulness and other variables. Methods: 50 formal caregivers of intellectual disability people (female, n = 40 ; 80%; M = 42.06 years, SD = 10.43) completed a sociodemographic questionnaire, the questionnaire of the Five Facets of Mindfulness (FFMQ), the Psychopathological Symptoms Inventory (BSI), the Stress Scale (PSS-10) and the Scale of strategies for conflict management (EGC). Results: Total stress (PSS-10) was not associated with conflict management strategies. The non judging facet (FFMQ) associated negatively with accommodation and avoidance (EGC); the observing facet (FFMQ) was positively associated with competition and avoidance (EGC); the describing and non reactivity facets (FFMQ) were positively associated with collaboration and commitment (non reactivity was also associated with accommodation/EGC). Total stress and observing (FFMQ) were positively associated to the three total psychopathology indexes (BSI). The non-judging and acting with awareness (FFMQ) were associated (negatively) and accommodation and avoidance (EGC) (positively) witg the three BSI indexes. Total stress correlated negatively with non judging, acting with awareness and describing (FFMQ). Women had higher levels on the positive symptoms index (BSI). Caregivers with higher levels of education had higher levels of collaboration and those with lower levels of education, lower levels of compromise and accommodation. Discussion: Some of the facets of mindfulness were associated with lower levels of stress and psychopathology. Overall, they revealed facilitating collaboration and commitment and reducing avoidance. The ability to be mindful seemed to be associated with the use of “more appropriate” conflict management strategies, in this sample, showing the importance of developing this capacity, in the same type of work context

    Funções Executivas (Frontal Assessment Battery), Capacidade Visuo Construtiva e Memória (Rey Complex Figure) numa Amostra de Idosos sob Resposta Social

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    Introdução: As funções executivas (FE) têm sido sistematicamente associadas ao funcionamento dos lobos frontais e sabemos que o declínio cognitivo se associa a piores resultados em provas que avaliam estas funções. Para além de pretendermos analisar se um teste que avalia as FE (Frontal Assessment Battery/FAB) discrimina idosos com/sem declínio cognitivo, avaliado através do Montreal Cognitive Assessment (MoCA) e se existem associações entre os resultados obtidos com a Figura Complexa de Rey-Osterreith/FCR-O (qualidade da cópia, memória de 3 e de 20 minutos) e a presença/ausência de declínio cognitivo, queremos sobretudo analisar se a qualidade e exactidão da cópia (capacidade visuo construtiva) e a memória de 3 minutos na FCR-O se associam ao resultado obtido com a FAB, dado que as duas provas estão supostamente associadas às FE e ao funcionamento dos lobos frontais avaliados com o FAB, por oposição à memória de 20 minutos (supostamente associada à área temporal, não avaliada pela FAB). Não deixámos de considerar, ainda, a associação entre as variáveis sociodemográficas e os resultados na FAB, na FCR-O e no MoCA. Metodologia: A amostra total incluiu 556 idosos (média de idades, M = 80,2; Desvio-padrão, DP = 5,23; variação = 60-100) sob resposta social em diferentes instituições do Concelho de Coimbra que aceitou responder voluntariamente (ou cujos familiares/cuidadores concederam consentimento) a uma bateria de testes (incluindo questões sociodemográficas, a FCR-O, o MoCA e a FAB). Estas variáveis foram estratificadas de acordo com a idade e escolaridade dos idosos e dicotomizadas. Para testar os nossos objetivos recorremos a diferentes sub amostras compostas pelos sujeitos que tinham resultados nas provas cujas associações queríamos testar. Resultados: De acordo com o MoCA, 59,7% dos idosos apresentavam declínio cognitivo, com 73,9% a apresentar défice executivo ligeiro, de acordo com a FAB. Quanto à FCR-O, 24,0% dos idosos apresentavam défice práxico ligeiro a moderado, 73,9% défice mnésico visual a curto prazo leve (3 minutos) e 60.9% défice mnésico visual a longo prazo leve a moderado (20 minutos). Não se verificaram associações estatisticamente significativas entre o género, estado civil e tipo de resposta social e as três variáveis centrais do estudo (MoCA, FAB e FCR-O). Quer a FAB, quer a FCR-O (as três provas: qualidade e exatidão da cópia, memória de 3 e 20 minutos) revelaram associações com a ausência/presença de declínio cognitivo. Considerando as variáveis estratificadas pela idade e escolaridade dos idosos e dicotomizadas, um teste do qui quadrado para a independência mostrou que a prova qualidade da FCR-O não estava associada ao resultado na FAB (com/sem défice executivo), ao contrário da prova memória de 3 minutos da FCR-O, que se mostrou associada a este resultado. A prova memória de 20 minutos da FCR-O voltou a não estar associada à ausência/presença de défice executivo (usando o mesmo teste). Analisando as diferentes provas da FCR-O e a FAB, sem estratificação, correlações de Spearman confirmaram as associações encontradas, mas também entre a prova qualidade da cópia da FCR-O e a FAB. Conclusão/Discussão: Os resultados seguem a literatura quanto à associação entre a prova da FCR-O memória a curto prazo/3 minutos e as funções executivas (associadas aos lobos frontais e testadas através da FAB), por oposição com a memória a longo prazo que aparece, na literatura, como mais associada/ou envolvendo à/a área temporal e que, de facto, não se mostrou associada ao resultado na FAB. Os resultados não são tão claros/consensuais no que toca à prova qualidade da cópia da FCR-O

    Consumo de Tabaco em Estudantes de Enfermagem e Psicologia: a importância da formação/currículo

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    Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde o tabaco é a segunda maior causa de morte e um importante fator de risco para diferentes doenças em todo o mundo. Os profissionais de saúde podem desempenhar funções importantes na pedagogia, promoção e alteração de comportamentos lesivos à saúde dos indivíduos, como o tabagismo. As instituições são responsáveis pelos conteúdos curriculares promotores destas funções. Foram nossos objetivos: caraterizar os estudantes do 1º ano de mestrado dos cursos de Enfermagem e de Psicologia quanto à prevalência do consumo de tabaco, atitudes, exposição a ambientes de fumo e formação sobre o tabaco; comparar os estudantes dos dois cursos nessas mesmas variáveis, explorando, em particular, se a formação acerca de aspetos relativos ao tabaco se associa (separadamente, em cada curso e comparativamente) a uma menor/maior prevalência de consumo do tabaco, a comportamentos de cessação e diferentes atitudes face ao tabaco. Métodos: 116 alunos do 1º ano do mestrado em Enfermagem (n = 59; 50,86%) e Psicologia (n = 57; 49,14%), com uma média de idades, respetivamente, de 23,6 (desvio padrão/DP = 4,89) e 29,7 (DP = 10,40) forneceram o consentimento informado para preencher o Global Health Professional Survey (GHPS), composto por 41 questões. Resultados: De uma forma geral, os alunos de ambos os cursos apresentaram respostas no mesmo sentido nas diferentes questões do instrumento. Em ambos os cursos a maioria já experimentara fumar (Psicologia, n = 49, 86,0%; Enfermagem, n = 52, 88,1%) tendo iniciado o consumo entre os 11 e os 15 anos (Psicologia, n =25, 43,9%; Enfermagem, n = 20, 32,9%). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois cursos na maioria das questões sobre formação, mas a proporção de alunos que afirmou que o regulamento da sua escola “proíbe fumar”, que afirmou ter aprendido a abordagem a utilizar para deixar de fumar, bem como a importância do registo do tabaco e de fornecer materiais de apoio para apoiar os pacientes a cessar o consumo foi maior no curso de Enfermagem. Discussão: No geral, não pareceram existir diferenças quanto ao consumo, atitudes, exposição a ambientes de fumo e formação entre os dois cursos mas o currículo (ou a forma como é lecionado) do curso de Enfermagem parece deixar os alunos mais conscientes do papel que podem ter, enquanto profissionais, na cessação de comportamentos de consumo. / Introduction: According to the World Health Organization, tobacco is the second major cause of death and a major risk factor for various diseases worldwide. Health professionals can play important roles in teaching, promoting and changing harmful behaviors to the individual’s health, such as smoking. Educational institutions are responsible for the curricula contents that promote these roles. Our goals were to: characterize students in the 1st Master´s year in Nursing and Psychology on tobacco use prevalence, attitudes, exposure to smoking environments and training about tobacco; compare the students of the two courses in the same variables, exploring particularly if the education about tobacco is associated (separately in each course and comparatively) to a lower/higher prevalence of tobacco use, to cessation behaviors and different attitudes towards tobacco. Methods: 116 students in the 1st Nursing (n = 59; 50,86%) and Psychology Master´s year (n = 57; 49,14%), with a mean age, respectively, of 23,6 (standard deviation/SD = 4,89) and 29,7 (SD = 10,40) provided informed consent to fill the Global Health Professional Survey (GHPS), consisting of 41 questions. Results: In general, students from both courses presented answers in the same direction in different variables from the instrument. In both courses the majority had already experienced smoking (Psychology, n = 49, 86,0%; Nursing, n = 52, 88,1%), having initiated consuming between 11 and 15 years (Psychology, n = 25, 43,9%; Nursing, n = 20, 32,9%). There were no statistically significant differences between the two courses on most questions concerning training, but the proportion of students who said that the school regulation "prohibits smoking", who claimed to have learned the approach to be used for smoking cessation, as well as the importance of tobacco registration and of providing support materials to assist patients in ceasing consumption, was higher in the Nursing course. Discussion: Overall, there did not seem to exist differences regarding consumption, attitudes, exposure to smoking environments and training between the two courses, but the curriculum (or the way it is taught) in the Nursing course seems to make them more aware of the role that they might have as professionals in the cessation of consumption behaviors
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